segunda-feira, 18 de abril de 2011

A Hotelaria, os eventos, a ocupação e o room tax

O São Paulo Convention & Visitors Bureau (SPCVB), comum intenso e permanente trabalho, identifica mais de 2 mil eventos por ano no site visitesaopaulo, apoia e capta mais de 300 eventos ao ano, capacita profissionais ligados ao turismo, além de disseminar a divulgação do destino São Paulo. Outras associações setoriais seguem a mesma trilha, muitas vezes em parceria com a entidade, investindo em ações para dinamizar este setor tão estratégico para a economia nacional.
Resultado: impulso à ocupação hoteleira, aumento dos espaços de eventos e a economia da cidade mais vigorosa. E o principal, todos ganham motivos para comemorar. Mas de onde vêm os recursos para viabilizar essas iniciativas? É aí que entram os gestores de viagens, agencias corporativas, organizadores de eventos e hoteleiros, como personagens essenciais.
O room tax representa grande parte da receita destinada aos convention bureaux. A contribuição facultativa aplicada aos hóspedes de hotéis respalda financeiramente ações dos convention bureaux brasileiros. Com mais divulgação, a própria infraestrutura turística das cidades é beneficiada. E quem ganha são bares, restaurantes, espaços de entretenimento e os próprios hotéis, que figuram entre os 52 segmentos favorecidos direta ou indiretamente pelo turismo.

Com o room tax, produzimos mais materiais de divulgação do destino, entre CDs, vídeos, displays, panfletos, cupons de dicas e descontos. Participamos dos principais eventos do país, adquirimos mais ferramentas para captar mais eventos e ainda treinamos profissionais para atender melhor aos visitantes. Isto significa gerar mais conforto ao visitante, que pode aproveitar melhor sua estada.
Neste contexto, o papel dos profissionais envolvidos, desde a inclusão no orçamento até o pagamento e o repasse desta contribuição é primordial. São eles os responsáveis por estimular seus clientes a deixar esta retribuição (não é uma cobrança). Da próxima vez em que estiver em São Paulo, o visitante encontrará uma cidade ainda mais estruturada, revertendo em resultados imediatos para a própria hotelaria. E certamente, ele voltará mais e mais vezes.
Com esta mobilização, quem chega a uma cidade pode usufruir infraestrutura de qualidade, curtir inúmeras opções gastronômicas, culturais e de serviços, e ainda receber uma série de informações. E quando os gestores de viagem, as agências de viagem, os próprios hoteleiros, os organizadores de eventos e todos os demais players do mercado se unem para incentivar os clientes, os benefícios são revertidos para todos.
Quando a sociedade civil organizada, mantém uma entidade para promover o destino, demonstra ter um mercado maduro e seguro, que pode funcionar sem depender exclusivamente dos recursos públicos. Nunca devemos nos acomodar. A cadeia produtiva do turismo em São Paulo, em seus destinos parceiros e em todo o país, só tem a perder quando por algum motivo, não inclui o room tax nas propostas e/ou no Check out. Mas se lutarmos juntos e convencidos de sua importância, vamos atrair mais visitantes, mais eventos e mais recursos. Não custa nada.
Toni Sando, Diretor Superintendente


Acesso em: 18/04/2011

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Objetivando Eventos!

Simplesmente fazer evento? Não!

Evento ou festa como é conhecido pela grande maioria da população exige muito mais do que possamos imaginar em termos de planejamento. Hoje vamos falar dos objetivos de um evento.

O objetivo de um evento pode até ser camuflado aos olhos do público, porém ele deve existir e ser muito bem trabalhado para que dele o evento nasça com sucesso e não termine no final do evento. Estranho né? Não terminar depois do final! Sim, que ele perdure na lembrança do público, que esta lembrança imprima para a organização o alcance do objetivo almejado durante o planejamento do evento. Se isto acontecer, aí sim pode-se afirmar que seu evento foi um sucesso!

O objetivo de um evento dever claro para o organizador e para a organização, nele deve estar explícito exatamente o que se pretende alcançar com a execução do evento em questão e é a partir dele que começa o planejamento de um evento, e todas as etapas do mesmo devem estar alinhadas ao objetivo central do evento. Aliás, esta dica não vale somente para eventos, e sim para qualquer planejamento que podemos fazer em nossas vidas, é o ponto de partida para qualquer atividade evolutiva.

Em evento não podemos falar em objetivos sem falarmos também em público alvo.

“Público alvo” não é mais uma expressão restrita ao meio publicitário. Esse princípio é sempre levado em conta pelo organizadores de eventos que reúnem, em torno de uma idéia, um grupo específico, de preferência homogêneo em suas características básicas e com interesse em comum. (ZOBARAM, 2004, p.15)


Quando falamos em eventos, estamos automaticamente pensando no público deste evento, a quem vamos vender a idéia. Porque o objetivo do evento está diretamente ligado ao público?

Segundo a afirmativa de Zobaram, um evento e seu público deve ter interesses em comum, assim como a homogeneidade de características, pois o que prende a atenção de um público em determinado evento é ter os seus objetivos atingidos com a sua participação, conhecer o objetivo central do evento leva-nos a conhecer os objetivos do nosso público e assim direcionar as estratégias e ações a atrair a atenção das pessoas certas.

Existem inúmeros outros fatores que devemos levar em consideração na organização de um evento, mas gostaria de chamar a atenção dos organizadores para o objetivo principal do evento, pois com este bem definido as demais etapas fluíram com mais naturalidade em seu torno, sendo maior a probabilidade de atingir o sucesso.

Por Karen Gobi – 13/04/2011

ZOBARAM, Sergio. Eventos é assim mesmo: do conceito ao brinde. Rio de Janeiro: SENAC Rio, 2004.

sábado, 2 de abril de 2011

Eventos - Superando a propaganda!

Kotler (1990, p. 397) descreve a evolução das atividades de comunicação da seguinte forma:
“Historicamente, primeiro as vendas pessoais, depois a propaganda e, mais tarde, a publicidade tornaram-se funções separadas”.
Segundo o mesmo autor:
“Nos anos iniciais da década de 50 algumas grandes empresas começaram a nomear gerentes de promoção de vendas para controlarem e liderarem com os diversos instrumentos de promoção com que ninguém se importava”, entre eles os eventos.
O mercado de eventos no Brasil vem tomando proporção em uma velocidade impressionante. O setor começou a se destacar em meados da década de 50 com ações nas aéreas de promoção de vendas.
Hoje em dia eventos tem ganhado papel individual dentro das organizações. As grandes empresas estão investindo em departamentos de eventos visando principalmente manter e elevar a imagem da empresa a partir de ações de eventos dentro e fora da empresa, com ou sem finalidade financeira.
Os eventos trazem comprovadamente mais resultados as organizações que a propaganda convencional, pois a reação psicológica gerada em quem recebe a informação é mais duradoura que os anúncios de propaganda, que por sua vez estão cada vez mais obsoletos.
“Os consumidores não conseguem mais se lembrar de quais anúncios falam de que produto e muito menos quais são as qualidades ou atributos que diferem um produto do outro”. (McKenna, 1995)
Diante de tal declínio, outras ferramentas de comunicação tem tomada importância dentro das organizações, em especial as ações de evento que em sua maioria estão centradas a atrair os consumidores ou geradores de opinião a um local específico a fim de apresentar característica e benefícios de forma descontraída, proporcionando lembranças agradáveis ao consumidor, tais lembranças perduram longo tempo, pois cada evento é único e gera sensações e emoções diferentes, ao contrário da propaganda.
Apesar de resultados surpreendentes, eventos ainda não conseguiu atrair a atenção de seus investidores no mesmo grau de importância que este apresenta para as organizações. Isso em suma se dá devido à escassez de profissionais no mercado. A profissionalização dos organizadores de evento tem sido tema bastante discutido, porém, ainda não existem obras que retratem a organização de eventos em sua profundidade, obrigando os organizadores de eventos a um catado de informações de diversas áreas do conhecimento. As obras nas áreas de comunicação, relações públicas, hospitalidade, turismo são grandes aliados ao conhecimento adquirido dos organizadores de eventos.

Por: Karen M. Gobi – 02/04/2011
GIACAGLIA, Maria Cecília. Organização de Eventos: Teoria e Prática. São Paulo: Cengage Learning, 2008.